[CLIQUEZ ICI POUR FRANÇAIS]
[CLICK HERE FOR ENGLISH]
[HAGA CLIC AQUÍ PARA ESPAÑOL]

Chamada para submissão de colaborações para integrarem o
DOSSIÊ JEAN-JACQUES LEMÊTRE: MÚSICA E CENA NO THÉÂTRE DU SOLEIL
REVISTA DRAMATURGIAS – Revista do Laboratório de Dramaturgia – LADI – ISSN 2525-9105
Universidade de Brasília, Brasil.
A intensificação cada vez mais evidente da presença de música e de sons em processos de invenção e realização de espetáculos impõe, inequivocamente, uma correlata expansão nos campos de interesse, atuação e pesquisa teatral. Nesta perspectiva, a elaboração de um dossiê abordando a obra do músico Jean-Jacques Lemêtre na companhia Théâtre du Soleil – desde 1978 até os dias atuais – se apresenta como uma excelente oportunidade para contribuirmos de forma positiva na construção desta ainda pouco explorada área de estudos.
Surgida em um processo de criação totalmente gestado no interior de uma companhia teatral, conjugado com os processos de criação das cenas, a música composta por Lemêtre é identificada há décadas como um dos pilares da produção artística da referida trupe. Estudiosos como Georges Banu nos chamam a atenção para a sua importância: Jean-Jacques Lemêtre se impôs como “O outro centro” dos espetáculos do Soleil, cultivando uma relação constante com Ariane Mnouchkine, porque, juntos, desenvolvem duas linhas de força que se entrelaçam. A partir deste entremeio, o Soleil faz sua marca identitária. O músico participa da elaboração do espetáculo, se constitui como parceiro dos atores, impõe-se como presença visível à borda do palco, sempre cercado pelos instrumentos mais improváveis que, ao soarem juntos, parecem delinear a cartografia do mundo.(BANU, Georges in LONGUENESSE, Pierre. Jouer avec la musique: Jean-Jacques Lemêtre et le Théâtre Du Soleil. Paris: Actes Sud, Março 2018. p. 5)
A própria Mnouchkine constantemente sublinha a importância da música nos espetáculos do Soleil: Não se pode esquecer, pois ele é fundamental, o músico, que tem cumplicidade com os atores. A criação musical é o domínio de Jean-Jacques Lemêtre. O que ele faz convém tanto que é extremamente raro que eu tenho que lhe pedir mais alguma coisa. Pode acontecer, mas é raríssimo. Jean-Jacques está aí, o tempo todo, desde a primeira hora de ensaio até a última. […] No Théâtre Du Soleil, A música é extremamente importante. Tenho plena consciência que nossos espetáculos são espetáculos musicais, desde a chegada de Jean-Jacques, desde os Shakespeares, digamos. É um trabalho muito importante e não é nem um pouco música de cena: Jean-Jacques… está na cena. Quando os atores tem uma visão, eles vão encontrá-lo e lhe contam onde se passa a ação, o que vai acontecer. E ele, acredito, faz duas ou três perguntas: “É dia ou noite?” Quando a improvisação é bonita, há uma espécie de milagre que faz com que a gente tenha a impressão que Jean-Jacques assistiu toda a preparação e, sobretudo, os atores sentem que as três frases anódinas que eles lhe disseram se tornaram poesia. A música faz com que, mesmo quando a atuação é muito simples – no fundo, poderia cair no realismo – haja uma espécie de fio bem esticado no qual todo mundo fica na mesma tonalidade: há o céu, o mar, os pássaros, há o diabo e os infernos, há, na música, tudo aquilo que os atores precisam para ficar na imaginação do real, mas não no real em si. (MNOUCHKINE, Ariane, in PICON-VALLIN, Béatrice. Ariane Mnouchkine. / Introdução, escolha e apresentação dos textos por Béatrice Picon-Valin. – São Paulo: riocorrente, 2011. 132 p. ISBN 978-85-65176-02-06. p.47)
No dossiê JEAN-JACQUES LEMÊTRE: MÚSICA E CENA NO THÉÂTRE DU SOLEIL almejamos instigar a curiosidade poética e acadêmica a respeito da dramaturgia da música do teatro. Para além de uma fixação isolada na gramática dessa linguagem, é nosso intuito possibilitar o aprimoramento na percepção que se têm sobre uma real literatura [que pode até ser] escrita sobre as cinco linhas do pentagrama, para que se torne possível, ao assistir um espetáculo, extrapolar as fronteiras do seu inexorável suporte sonoro, a fim de contemplar as potencialidades estéticas e discursivas que ela patrocina ao integrar uma realização cênica. Um verdadeiro “muscular a imaginação”, como diria Lemêtre.
Motivados por este objetivo, convidamos pesquisadores e pensadores a colaborarem com textos (sem limites de tamanho), ensaios fotográficos, entrevistas, resenhas, arquivos sonoros e audiovisuais. Todo o material pode ser enviado em seu idioma original – português, francês, inglês, espanhol, alemão e italiano – até o dia 15/08/2020 para o email contato.port.aurora@gmail.com
Att.
Dr. Marcello Amalfi – Editor Convidado
REVISTA DRAMATURGIAS
Revista do Laboratório de Dramaturgia – LADI – ISSN 2525-9105
Universidade de Brasília, Brasil.
A revista Dramaturgias é uma publicação quadrimestral do DramaLAB (LADI-UnB) da Universidade de Brasília, focada na discussão e produção de eventos orientados pela performance a partir da ampliação do conceito de dramaturgia. Nesse sentido, artigos originais, ensaios fotográficos, processos criativos, entrevistas, traduções, textos dramatúrgicos, artigos de pesquisa ou trabalhos da LADI e outras instituições similares, dossiês temáticos, materiais de reuniões nacionais e internacionais sobre dramaturgia e resenhas escritas em português, inglês, espanhol, francês, italiano e alemão. Neste amplo conceito de dramaturgia, incluímos investigações que promovem interseções entre diferentes disciplinas e objetos, como Estudos Clássicos, Musicologia, Orquestração, Estudos de Dança, Teoria e História do Teatro, Estudos de Tradução, Teatro Musical, Ópera, Composição Musical, Artes Visuais, Filosofia, Hermenêutica.

[FRANÇAIS]
Appel à contributions au dossier
JEAN-JACQUES LEMÊTRE : MUSIQUE ET SCÈNE AU THÉÂTRE DU SOLEIL
REVUE DRAMATURGIAS – Revue du Laboratoire de Dramaturgie – LADI – ISSN 2525-9105 (QUALIS 3 )
Université de Brasilia, Brasil.
L’intensification davantage explicite de la musique et du son dans le processus de création des spectacles au cours des dernières décennies nous propulse d’emblée à l’impératif des études impliquant ces mutations historiques dans le champs des arts de la scène. Dans cette perspective, l’élaboration d’un dossier traitant du “parcours” hétérogène de Jean-Jacques Lemêtre en tant que musicien compositeur dans la compagnie du Théâtre du Soleil – de 1978 à nos jours – se présente comme une voie historiquement importante pour la recherche en vue de contribuer à l’avancée des études aux perspectives contiguës.
Émergée d’un processus de création théâtrale, conjuguée aux scènes, la composition sonore proposée par Lemêtre s’inscrit notoirement comme l’un des piliers de la production artistique de cette troupe. Georges Banu pointe ainsi que “Jean-Jacques Lemêtre s’est imposé comme “L’autre centre” des spectacles du Soleil, en cultivant une relation constante avec Ariane Mnouchkine, car, ensemble, ils développent deux lignes de force qui s’entrelacent. De cet entre-deux, le Soleil fait sa marque identitaire. Le musicien participe à l’élaboration de spectacle, se constitue en partenaire des acteurs, s’impose comme présence visible sur le bord du plateau, toujours entouré d’instruments les plus improbables qui, de concert, semblent esquisser la cartographie du monde. (BANU, Georges in LONGUENESSE, Pierre. Jouer avec la musique : Jean-Jacques Lemêtre et le Théâtre Du Soleil. Paris : Actes Sud, Março 2018. p. 5)
Mnouchkine elle-même souligne constamment l’importance du rapport à la musique proposé par Lemêtre, lequel “est sur scène”, lors des créations des “spectacles musicaux” du Soleil : *On ne peut pas oublier, parce qu’il est fondamental, le musicien, qui a de la complicité avec les acteurs. La création musicale est le domaine de Jean-Jacques Lemêtre. Ce qu’il fait est tellement pratique qu’il est extrêmement rare que je lui demande quoi que ce soit d’autre. Cela peut arriver, mais c’est très rare. Jean-Jacques est là tout le temps, de la première heure de répétition à la dernière. […] Au Théâtre Du Soleil, la musique est extrêmement importante. J’ai bien conscience que nos spectacles sont des spectacles musicaux, depuis l’arrivée de Jean-Jacques, depuis les Shakespeares, on va dire. C’est un travail très important et ce n’est pas du tout de la musique de scène : Jean-Jacques… est sur scène. Lorsque les acteurs ont une vision, ils vont le trouver et lui disent où se passe l’action, ce qui va se passer. Et il pose, je crois, deux ou trois questions : “Est-ce le jour ou la nuit ?”. Quand l’improvisation est belle, il y a une sorte de miracle qui fait qu’on ait l’impression que Jean-Jacques a regardé toute la préparation et, surtout, que les acteurs ont le sentiment que les trois phrases anodines qu’ils lui ont dites sont devenues de la poésie. La musique fait qu’il existe, même lorsque le jeu d’acteur est très simple – au fond, il pourrait tomber dans le réalisme – une sorte de corde bien tendue dans laquelle tout le monde est sur la même tonalité : il y a le ciel, la mer, les oiseaux, il y a le diable et les enfers, il y a, dans la musique, tout ce dont les acteurs ont besoin pour être dans l’imaginaire du réel, mais non dans le réel lui-même. (MNOUCHKINE, Ariane, dans PICON-VALLIN, Béatrice. Ariane Mnouchkine. / Introduction, choix et présentation des textes de Béatrice Picon-Valin. – São Paulo : Riocorrente, 2011. 132 p. ISBN 978-85-65176-02-06. p.47).
Dans le dossier JEAN-JACQUES LEMÊTRE : MUSIQUE ET SCÈNE AU THÉÂTRE DU SOLEIL, nous visons à susciter la curiosité poétique et académique sur la dramaturgie de la musique de théâtre. En plus d’une fixation isolée dans la grammaire de ce langage, notre objectif est de rendre possible l’amélioration de la perception que l’on a d’une réelle littérature [qui peut même être] écrite sur les cinq lignes du pentagramme, de sorte qu’il soit possible, en regardant le spectacle, d’extrapoler les frontières de son inexorable support sonore, afin de contempler les potentialités esthétiques et discursives qu’elle parraine en intégrant une performance scénique. Une véritable « imagination musclée », dirait Lemêtre.
Motivés par les objectifs supra mentionnés, nous invitons chercheurs et penseurs à participer à ce projet avec des textes (sans limite de taille), essais photographiques, interviews, comptes rendus, archives sonores et audiovisuelles, etc. Les propositions – en portugais, français, anglais, espagnol, allemand ou italien – peuvent être envoyées jusqu’au 15/08/2020 à l’adresse électronique contato.port.aurora@gmail.com
Cordialement
Dr. Marcello Amalfi – Rédacteur invité
REVUE DRAMATURGIAS
Revue du Laboratoire de Dramaturgie – LADI – ISSN 2525-9105
Université de Brasilia, Brasil.
La revue Dramaturgias est une publication quadrimestrielle de DramaLAB (LADI-UnB) de l’Université de Brasilia, axée sur la discussion et la production d’événements orientés vers la performance à partir de l’élargissement du concept de dramaturgie. Dans ce sens, des articles originaux, des essais photographiques, des processus créatifs, des interviews, des traductions, des textes dramaturgiques, des articles de recherche ou des travaux de LADI et d’autres institutions similaires, des dossiers thématiques, des documents de réunions de dramaturgie nationales et internationales et des comptes rendues en portugais, anglais, espagnol, français, italien et allemand. Dans ce concept large de dramaturgie, nous incluons des recherches qui favorisent les intersections entre de différentes disciplines et objets, tels qu’Études Classiques, Musicologie, Orchestration, Études de Danse, Théorie et Histoire du Théâtre, Études de Traduction, Théâtre Musical, Opéra, Composition Musicale, Arts Visuels, Philosophie, Herméneutique.

[ENGLISH]
Call for contributions to the dossier
JEAN-JACQUES LEMÊTRE: MUSIC AND SCENE IN THÉÂTRE DU SOLEIL
REVISTA DRAMATURGIAS – Revista do Laboratório de Dramaturgia – LADI – ISSN 2525-9105
Universidade de Brasília, Brasil.
The increasingly evident intensification of the presence of music and sounds in processes of inventing and performing plays clearly imposes a related expansion in the fields of interest, acting and theater research. From this perspective, the elaboration of a dossier addressing the work of musician Jean-Jacques Lemêtre in the company Théâtre du Soleil – from 1978 to the present day – is an excellent opportunity for us to contribute positively with the construction of this still little explored area of study.
Emerged in a process of creation totally managed within a theater company, in conjunction with the scene creation processes, the music composed by Lemêtre has been identified for decades as one of the pillars of the artistic production of that troupe. Scholars like Georges Banu draws our attention to its importante: Jean-Jacques Lemêtre has established himself as “The Other Center” of Soleil’s plays, cultivating a constant relationship with Ariane Mnouchkine, because, together, they develop two intertwining lines of force. From this intertwining, Soleil makes its identity mark. The musician participates in the elaboration of the play, becomes a partner of the actors, imposes himself as a visible presence on the edge of the stage, always surrounded by the most unlikely instruments that, when sounding together, seem to delineate the cartography of the world. (BANU, Georges in LONGUENESSE, Pierre. Jouer avec la musique: Jean-Jacques Lemêtre et le Théâtre Du Soleil. Paris: Actes Sud, March 2018. p. 5)
Mnouchkine herself constantly underlines the importance of music in Soleil’s plays: It can not be forgotten, because he is fundamental, the musician, who has complicity with the actors. Musical creation is the domain of Jean-Jacques Lemêtre. What he does is so convenient that it’s extremely rare that I have to ask him anything else. It can happen, but it is very rare. Jean-Jacques is there all the time, from the first hour of rehearsal to the last. […] At Théâtre Du Soleil, Music is extremely important. I am well aware that our plays are musical plays, since the arrival of Jean-Jacques, since the Shakespeares, lets say. It’s a very important work and it’s not music for the scene at all: Jean-Jacques… he is in the scene. When actors have a vision, they go after him and tell where the action is going, what will happen. And he, I believe, asks two or three questions: “Is it day or night?” When improvisation is beautiful, there is a kind of miracle that makes one have the impression that Jean-Jacques watched the whole preparation and, above all, the actors feel that the three anodyne phrases they said to him have become poetry. Music provides, even when the acting is very simple – deep down, it could fell into realism – a kind of well-stretched string in which everyone is in the same key: there is the sky, the sea, the birds, the devil and hell, there is, in the music, everything that actors need to be in the imagination of the real, but not in the real itself. (MNOUCHKINE, Ariane, in PICON-VALLIN, Béatrice. Ariane Mnouchkine. / Introdução, escolha e apresentação dos textos por Béatrice Picon-Valin. – São Paulo: riocorrente, 2011. 132 p. ISBN 978-85-65176-02-06. p.47)
In the dossier JEAN-JACQUES LEMÉTRE: MUSIC AND SCENE IN THÉÂTRE DU SOLEIL we aim to arouse the poetic and academic curiosity about the dramaturgy of theater music. Beyond an isolated focus on the grammar of this language, it is our goal to make it possible to improve one’s perception of a real literature [which may even be] written in the five lines of the pentagram, so that it becomes possible, when watching a play, to exceed the boundaries of its inexorable sound medium, in order to contemplate the aesthetic and discursive potentialities that it sponsors by integrating a performance. A true “imagination work out”, as Lemêtre would say.
Motivated by this goal, we invite researchers and thinkers to collaborate with texts (without size limits), photo essays, interviews, reviews, sound and audiovisual archives. All material can be sent in their original language – Portuguese, French, English, Spanish, German and Italian – until 15/08/2020 to email contato.port.aurora@gmail.com
Att.
Dr. Marcello Amalfi – Guest Editor
REVISTA DRAMATURGIAS
Revista do Laboratório de Dramaturgia – LADI – ISSN 2525-9105
University of Brasília, Brasil.
The Journal Dramaturgias is a four-monthly publication of the DramaLAB (LADI-UnB) of the University of Brasília, focused on the discussion and production of events that are performance-oriented from the widening of the dramaturgy concept. In this sense, original papers, photo-essays, creative processes, interviews, translations, dramaturgical texts, research papers or works by LADI and other similar institutions are published, thematic dossiers, national and international meeting materials on dramaturgy, and reviews written in Portuguese, English, Spanish, French, Italian, and German. In this widening concept of dramaturgy, we include investigations that managing intersections among several disciplines and objects, like Classical Studies, Musicology, Orchestration, Dance Studies, Theory and History of Theatre, Translation Studies, Music Theatre, Opera, Musica Composition, Visual Arts, Philosophy, Hermeneutics.

[ESPAÑOL]
Convocatoria de propuestas para unirse al dossier
JEAN-JACQUES LEMÊTRE: MÚSICA Y ESCENA EN THÉÂTRE DU SOLEIL
REVISTA DRAMATURGIAS – Revista do Laboratório de Dramaturgia – LADI – ISSN 2525-9105
Universidad de Brasilia, Brasil.
La intensificación cada vez más evidente de la presencia de música y sonidos en el proceso de invención e interpretación impone claramente una expansión relacionada con los campos de interés, actuación e investigación teatral. Bajo esa perspectiva, el desarrollo de un dossier que plantee el trabajo del músico Jean-Jacques Lemêtre en la compañía Théâtre du Soleil, desde 1978 hasta ahora – es una gran oportunidad de que demos una contribución positiva al diseño de esta área de estudio todavía poco explorada.
Surgiendo en un proceso de creación completamente generado dentro de una compañía teatral, engendrado junto con los procesos de creación de las escenas, la música compuesta por Lemêtre ha sido identificada durante décadas como uno de los pilares de la producción artística deste grupo. Académicos como Georges Banu llaman nuestra atención sobre su importancia:Jean-Jacques Lemêtre se ha establecido como “El otro centro” de los espectáculos de Soleil, cultivando una conexión constante con Ariane Mnouchkine, puesto que juntos desarrollan dos líneas de fuerza entrelazadas. A partir de este entrelazamiento, Soleil hace su seña de identidad. El músico participa en la elaboración del espectáculo, se convierte en socio de los actores, se impone como una presencia visible en el borde del escenario, siempre rodeado de los instrumentos más improbables que, al sonar juntos, parecen delinear la cartografía del mundo. (BANU, Georges in LONGUENESSE, Pierre. Jouer avec la musique: Jean-Jacques Lemêtre et le Théâtre Du Soleil. Paris: Actes Sud, Marzo 2018. p. 5)
Mnouchkine subraya constantemente la importancia de la música en los espectáculos de Soleil: No se puede olvidar, porque es fundamental, el músico, cómplice de los actores. La creación musical es el dominio de Jean-Jacques Lemêtre. Lo que hace es tan conveniente que es rarísimo que cualquiera le pregunte algo más. Aún que pueda suceder, va a ser inusual. Jean-Jacques está allí todo el tiempo, desde la primera hora de ensayo hasta la última. […] En Théâtre Du Soleil, la música es extremadamente importante. Soy demasiado consciente de que nuestros espectáculos son espectáculos musicales, desde la llegada de Jean-Jacques, desde Shakespeare, se puededecir. Es un trabajo muy importante y no es música de escena en absoluto: Jean-Jacques … está en escena. Cuando a los actores les viene una visión, lo encontrarán y le dirán a dónde va la acción, qué. Y él, creo, les hace dos o tres preguntas: “¿Es de día o de noche?” Cuando la improvisación es hermosa, hay una especie de milagro que da la impresión de que Jean-Jacques tendriaobservado toda la preparación y, sobre todo, los actores sienten que las tres frases anodinas que le dijeron se han convertido en poesía. Incluso cuando la actuación es muy simple, en el fondo, podría caer en el realismo, hay una especie de cuerda bien estirada en la que se encuentran todos en el mismo tono: está el cielo, el mar, los pájaros, el Devil and Hells, hay en la música todo lo que los actores necesitan para estar en la imaginación de lo real, pero no en el real. (MNOUCHKINE, Ariane, in PICON-VALLIN, Béatrice. Ariane Mnouchkine. / Introdução, escolha e apresentação dos textos por Béatrice Picon-Valin. – São Paulo: riocorrente, 2011. 132 p. ISBN 978-85-65176-02-06. p.47)
En el dossier JEAN-JACQUES LEMÊTRE: MÚSICA Y ESCENA EN THÉTRE DU SOLEIL nos proponemos ainculcar la curiosidad poética y académica sobre la dramaturgia de la música teatral. Además de una fijación aislada en la gramática de este lenguaje, es nuestra intención permitir la mejora de la percepción de una literatura real [que incluso puede ser] escrita en las cinco líneas del pentagrama, para que sea posible, cuando se vea un espetáculo, extrapola los límites de su inexorable soporte sonoro para contemplar las potencialidades estéticas y discursivas que patrocina al integrar una representación teatral. Un verdadero “culturismo de la imaginación”, como diría Lemêtre.
Motivados por este objetivo, invitamos a investigadores y pensadores a colaborar con textos (sin limitaciónde tamaño), ensayos fotográficos, entrevistas, reseñas, archivos de sonido y audiovisuales. Todo el material puede enviarse en su idioma original – portugués, francés, inglés, español, alemán e italiano – hasta la fecha de 15/08/2020 a la dirección de correo electrónico contato.port.aurora@gmail.com
Att.
Dr. Marcello Amalfi – Editor invitado
REVISTA DE DRAMATURGIAS
Revista do laboratorio de dramaturgia – LADI – ISSN 2525-9105
Universidad de Brasilia, Brasil.
La revista Dramaturgias es una publicación de DramaLAB (LADI-UnB) de la Universidad de Brasilia, centrada en la discusión y producción de eventos orientados por la performance a partir de la ampliación del concepto de dramaturgia. En este sentido, artículos originales, ensayos fotográficos, procesos creativos, entrevistas, traducciones, textos dramatúrgicos, artículos de investigación u obras de LADI y otras instituciones similares, dossiers temáticos, materiales de reuniones de dramaturgia nacionales e internacionales y reseñas escritas en portugués, inglés, Español, francés, italiano y alemán. En este amplio concepto de dramaturgia, incluimos investigaciones que promueven intersecciones entre diferentes disciplinas y objetos, como estudios clásicos, musicología, orquestación, estudios de danza, teoría e historia del teatro, estudios de traducción, teatro musical, ópera, composición musical, artes visuales, Filosofía, hermenéutica.
